Com licença, Obrigado, Me Desculpe

Por Ana Carolina Izi

São palavras pouco usadas que mudariam e muito a convivência no transporte púbico de São Paulo o mal necessário do nosso dia a dia.

Sei que todos vão dizer que a culpa é das autoridades e dos governantes. Mas de uns tempos para cá venho pensando em como o ser humano é selvagem. Sim selvagens, eles nunca pensam no próximo. Empurram sem piedade, crianças, idosos, deficientes, enfim todos que estão “na sua frente”. E o pior é que geralmente esses “selvagens” estão lá no fundo e sabem o quanto é difícil chegar à frente da multidão de usuários.
Todos os dias acontece à mesma coisa, pessoas desesperadas querendo entrar em um vagão que não tem mais espaço, mas elas são insistentes e conseguem. Compreendo que todos têm horário, mas garanto que se esperar uns minutinhos não vão perder a hora do seu compromisso.
Também tenho consciência que nem sempre podemos esperar, mas realmente entrar em um local que já está lotado e, além disso, empurrar quem já está na “lata de sardinha”, chega a ser desumano.

Dessa forma coloco aqui meu protesto deixando claro que quando sou empurrada, falo diretamente com a pessoa e mostro que não gostei do ocorrido, “tipo olhar 43, mas de ódio”. Nem sempre funciona, mas que a pessoa fica receosa isso é verdade. Mas no fundo não adianta reclamar, pois como eu disse no início “são selvagens” e pessoas desse tipo demoram mais para serem domesticadas, ou dificilmente são.
Contudo quem sabe com essas poucas palavras mudem um pouco e peçam licença quando entrar e se acaso forem empurrar peçam desculpas, pois essa palavra tão rica do nosso dicionário, dificilmente é utilizada no dia a dia dos usuários. Talvez com a utilização dessa palavra, todos entendam que não são só eles que querem chegar em casa sã e salvos e que todos que precisam do transporte público.
Por isso a política de boa vizinhança é o bem maior entre todos, sendo assim não faça com o os outros o que não gostaria que fizessem com você.