Família

Unida, a distancia, antiga, globalizada. A família do século 21 com a internet ficou mais unida ou distante?

Por Ana Carolina Izi




Minha família é pequena, somos somente eu e minha mãe. Pai sei que tenho, mas nunca conheci e para ser sincera, não faço questão disso. Só gosto de quem me quer. Quem não me quis de pequena, não merece meu respeito ou mesmo a minha amizade.
Mas para complementar tenho tios, tias e diversos primos. E estes são o X da questão. Alguns estão em Itajubá MG, a maioria reside em São Paulo, mas precisamente na Zona Leste, zona onde resido.
Como em toda família á desavenças, desuniões, brigas, e afastamentos, temporários ou mesmo definitivos. Com o passar dos anos percebi que nem sempre aqueles que têm o nosso sangue querem a nossa felicidade.
Talvez eu até seja um pouco radical, mas realmente quando estou numa boa, sempre vem um para trazer um problema para eu resolver. E como sempre eu acabo tomando as dores, principalmente dos tios mais velhos e no português correto, me ferro.
Sei que devia agir de outra maneira, porem minha é a irmã mais velha e, portanto a matriarca da família (meus avós morreram antes de eu nascer), sendo assim, quando ela me pede faço, mesmo que tenha a plena certeza que vou me arrepender depois.

Na mídia, vejo famílias destruídas pelas drogas, crimes ou mesmo gravidez indesejadas. Com em toda boa família, isso já aconteceu na minha. Mas isso é assunto para outro post.
Vejo que a internet transforma a vida das pessoas, apresenta um mundo diferente e muitas vezes inusitado, mas também percebo que há famílias, que só conversam através da internet. Muitas vezes, estão frente a frente, mas cada um com seu notebook e pelo MSN contam como foi seu dia.
A internet chegou também para mostrar o quanto o ser humano é frio, muitas vezes com as pessoas que moram com ele. Digo isso, pois pais e mãe encaminham torpedos e mensagens, para saber como seus filhos estão e muitas vezes, bastava abrir a porta do quarto e dizer: Olá como foi seu dia?
Atualmente não vejo isso, nas famílias. O que vejo são robôs que perguntam as mesmas coisas todos os dias, que não tem diálogo, que não sentam a mesa para fazer suas refeições sem o computador junto.
Há que saudades, das famílias como a da novela Passione, que senta a mesa, almoça, janta, toma café, chá. Senta para ouvir como foi o dia, no trabalho, na escola ou mesmo dentro de casa.
As brigas eram homéricas, mas a defesa, incansável.  O colo depois da discussão, o cafuné depois do namoro rompido, as conversas entre pai e filho...
Não quero tornar a internet vilã, mas deixar claro que somos humanos e precisamos de afagos para sobreviver. E que as famílias, deveriam compreender que essa palavra quer dizer companheirismo, união e principalmente amor.  Não, inveja, rancor, raiva, ódio, etc.

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